A Câmara Municipal de Leiria está a elaborar um regulamento que visa apoiar a esterilização de gatos e de cães, errantes ou de companhia, em função das condições económicas de particulares ou das associações, disse a vereadora Ana Esperança.
“Com a proibição do abate de animais – e bem – aumentou o abandono nas ruas e os canis municipais estão sobrelotados. Há famílias que até não se importariam de ficar com um animal que encontraram na rua, mas não têm capacidade económica e queremos apoiar a sua esterilização”, explicou à agência Lusa Ana Esperança.
A vereadora lembra que um animal pode ser uma “boa companhia para as pessoas idosas”, algumas também com carências económicas, e que a “autarquia pode ajudá-las”.
A medida visa incentivar a adoção responsável de animais: “A esterilização de um maior número de animais irá evitar a sua reprodução na rua. Será bom para eles e para as pessoas”, acrescentou.
A abertura do procedimento para a criação de um regulamento foi à última reunião de executivo. Esta é uma fase de discussão e de recolha de opiniões para que depois o documento seja finalizado e levado a nova reunião de Câmara para aprovação.
“Terá de ser estabelecido um orçamento e regras bem definidas”, assegurou Ana Esperança.
Quase 50% das autarquias ainda não instalaram serviços próprios para cuidar e esterilizar cães e gatos, havendo 136 Centros de Recolha Oficial (CRO) que servem mais de 150 municípios, informou a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).
“Existem 136 CRO, incluindo alguns que são intermunicipais, servindo mais de 150 municípios [de 308]”, revelou a DGAV à agência Lusa, indicando que os Centros de Recolha Oficial são tutelados pelas Câmaras Municipais ou pelas Comunidades Intermunicipais.
Fonte: Lusa
