Boas notícias: A esperança de vida dos nossos gatos é cada vez maior. Há 20 anos era raro ver um gato com mais de 17 anos, hoje são pacientes frequentes. Esta nova realidade cria-nos desafios profissionais, mas também é desafiante para os tutores!
Muda a idade, mudam as necessidades, não muda a cumplicidade!
A idade em que as necessidades do seu gato vão mudar é variável de gato para gato, mas a partir dos 7 anos temos de estar mais atentos a vários aspetos:
» A alimentação deve ser reajustada, deve-se valorizar ainda mais a qualidade da proteína e ter atenção aos níveis de fósforo;
» De modo a que o seu gato não se sinta impedido de ir para os sítios que mais gosta, pode ser necessário arranjar degraus (existem nas casas da especialidade, mas também pode improvisar);
» A dimensão da caixa de areia é ainda mais relevante nesta idade. Deve ser grande de modo a que, apesar das possíveis “artroses” que vão surgindo, o gato facilmente consiga dar a volta;
» Tudo o que foi dito na Dica de fevereiro sobre alimentação interativa mantém-se com a idade, apenas deve adaptar os desafios, evitando locais muito altos ou que exijam muita agilidade;
» O tempo de descanso do seu gato tem tendência a aumentar, este comportamento tem de ser respeitado;
» As idas ao veterinário devem passar a ser mais frequentes de acordo com os planos profiláticos que lhe foram prescritos.
Adotar um gato sénior
Não posso deixar de lembrar que adotar um gato sénior é um ato de muita generosidade e, por vezes, a melhor opção para o futuro tutor:
» São gatos mais tranquilos;
» São gatos com um temperamento mais definido;
» São gatos menos exigentes em termos de tempo de período ativo de brincadeira;
» São gatos mais resistentes a muitas doenças infeciosas, o que é uma vantagem por exemplo se o futuro tutor sofre de imunossupressão.
“Velhos são os trapos” e os gatos seniores continuam a fazer tudo, só que com mais sabedoria e a sabedoria felina é algo maravilhoso de se comtemplar.
Voltamos em maio com a Dica: Um carnívoro Gourmet!
Até lá bons momentos felinos.
Por: Maria João Dinis da Fonseca
Artigo gentilmente cedido pelo Grupo Hospital do Gato