Os amantes de animais tailandeses lançaram a questão sobre se o gato Siamês presente na cerimónia de coroação do rei seria um animal vivo ou não! Mas vamos primeiro enquadrar esta notícia…
O rei tailandês Maha Vajiralongkorn foi coroado no sábado passado, 4 de maio, numa sumptuosa cerimónia no Grande Palácio Real, em Banguecoque. A cerimónia durou três dias e custou cerca de 28 milhões de euros.
O monarca de 66 anos fez-se acompanhar da mulher, a general Suthida Vajiralongkorn Na Ayudhy, de 40 anos, com quem casou no dia 1 de maio, três dias antes da sua coroação oficial, e a quem concedeu o título de “rainha”.
De acordo com a Reuters, uma das tradições da coroação real é a presença de um gato, como parte da cerimónia de benção da Residência Real, que decorreu no sábado na residência de Chakrabat Biman.
Para os tailandeses, os gatos são animais que dão sorte. Por isso, oferecer um gato para a casa nova significa votos de um lar estável.
No domingo, vários media tailandeses publicaram uma fotografia de dois funcionários do palácio, fardados, junto ao que parece ser um dócil gato Siamês e um galo branco. A imagem, distribuída pelo Bureau of the Royal Household, não tinha legenda.
Foi então que se instalou a polémica: foi usado um gato vivo ou a fingir?
Contactados pela Reuters, um funcionário do palácio disse: “A cerimónia real requer o uso de um galo e um gato. O foco não deveria ser se são animais verdadeiros ou não, o ritual em si é que é importante”. Sem confirmar se foram usados animais vivos na cerimónia ou na fotografia.
A página de Facebook “ThaiCat.com” publicou a referida fotografia com a mensagem de um reconhecido criador de gatos que diz ter sido inicialmente convidado para selecionar dois machos Siameses para a cerimónia, mas que estes tinham acabado por não ser usados.
Imagens históricas de 1926 da coroação do rei Rama VII, o tio-avô do atual monarca, mostra uma fotografia de grupo com membros femininos da família real a segurar um gato Siamês – raça originária da Tailândia – e um galo.
A tradição de usar gatos nesta cerimónia remonta à séculos, disse o historiador e escritor Sujane Kanparit. “O significado de ter um gato é que ele traz calor para o lar. É uma antiga tradição da corte, descrita nas crónicas reais”, disse à Reuters.
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