Os procedimentos do método CED (Captura, Esterilização e Devolução) no que respeita ao controlo das colónias de gatos e gatos silvestres, foi apresentado pelo Centro de Recolha Oficial de Animais de Companhia do Seixal, numa reunião que juntou várias cuidadoras de colónias de gatos; e onde se discutiu a necessidade de colocação de abrigos para colónias controladas, na Freguesia de Amora.
A 13 de maio, a Junta de Freguesia de Amora recebeu, no seu auditório, o diretor do Centro de Recolha Oficial de Animais de Companhia do Seixal (CROACS), Rui Manuelito – acompanhado pelo Vereador do Pelouro do Ambiente e Bem-Estar Animal da Câmara Municipal do Seixal, Joaquim Tavares e da Assessora Ana Sofia Carmo – e oito cuidadoras de gatos que trabalham de forma próxima com o Município do Seixal.
Em causa, estavam os procedimentos e metodologias de um trabalho que tem vindo a ser realizado, de forma conjunta, com o objetivo de salvaguardar a qualidade de vida e dignidade dos animais abandonados e silvestres.
No decorrer do encontro, foi apresentado o método CED (Captura, Esterilização e Devolução) que tem por base a intervenção junto de colónias supervisionadas de gatos de rua ou silvestres, em que é controlado o estado de saúde e prestado auxílio e serviços de socorro aos animais, com a supervisão de um médico veterinário e também com o contributo dos cuidadores.
O plano estipula que as cuidadoras continuem com a ajuda prestada até agora, mantendo-se uma ficha atualizada sobre os animais nestas condições, indicando o número e dados dos mesmos.
Discutiu-se, de igual forma, a criação de abrigos devidamente sinalizados e organizados na Freguesia de Amora – algo que contribui para o conhecimento da população felídea na rua.
Joaquim Tavares, vereador do pelouro do Ambiente e Bem-Estar Animal da Câmara Municipal do Seixal, assume que “as problemáticas são diversas, mas o princípio é trabalhar em conjunto, com abertura, para se encontrarem soluções”.
As cuidadoras mostraram-se curiosas em relação à iniciativa e apresentaram as suas dúvidas, questões e opiniões. Anabela, uma das cuidadoras presentes, declara “que esta ação é necessária porque muitos dos animais encontram-se em condições de sofrimento”, assumindo que é uma ajuda difícil de garantir “sozinha e sem apoios”.
Manuel Araújo, presidente da Junta de Freguesia de Amora, disponibilizou todo o apoio necessário à causa, afirmando “ser uma temática de extrema importância, e essencial”. Para o autarca, a reunião foi um passo importante para “regularizar a situação estando a Junta de Freguesia de Amora disponível para colaborar na colocação dos abrigos necessários para controlo e cuidado da população felídea de rua”.