Mitos mais frequentes sobre a desparasitação

Subsistem alguns mitos da desparasitação dos animais de companhia que têm impacto na sua saúde, pois um gato quando parasitado pode sofrer de anemia e perda de peso, entre outros problemas de saúde.

De acordo com o Médico Veterinário da Boehringer Ingelheim, Octávio Carraça Pereira, a desparasitação é um procedimento sanitário “importante tanto para a Saúde dos nossos animais, como para a nossa”.

O Médico Veterinário explica que “um parasita não pode viver sozinho, necessita de outro animal para viver, sustentar-se e reproduzir-se e é devido a esta necessidade que retira ao animal hospedeiro elementos essenciais à vida”.

Para além disso, os parasitas produzem e/ou disseminam formas que contaminam o ambiente e através das quais vão atingir outros animais, podendo também infetar/infestar os humanos.

Nestes, podem causar problemas como: “febre da carraça”, Leishmaniose, problemas alérgicos, oculares e cutâneos, tanto em crianças como em adultos.

No entanto, “um animal que faz prevenção adequada contra parasitas tem uma enorme probabilidade de vir a ter uma vida mais longa e saudável”, afirma o Médico Veterinário.

O mesmo aconselha, para o bem da saúde dos animais e dos seus tutores, que “todos os animais devam ser desparasitados pelo menos contra pulgas e carraças, mensalmente, e ao longo de todo o ano”.

No que toca à desparasitação interna, esta deve ser feita após aconselhamento adequado, não devendo ser uma decisão tomada de ânimo leve e apenas pelos tutores dos animais, pois é “um ato Médico Veterinário que deve ser feito em tempo e da forma clinicamente indicada, após avaliação das necessidades de cada animal”.

Os três mitos mais frequentes sobre a desparasitação são:

1. O meu cão/gato não vai à rua, por isso não precisa fazer desparasitação;

2. Desparasitar uma vez por ano é suficiente;

3. Dou ao meu animal de estimação o mesmo que dá o meu vizinho (familiar, amigo ou que vi na internet).

A verdade é que tal como nós, os animais diferem entre si e cada um tem as suas necessidades, características e hábitos específicos.

Assim, “é preciso perceber que desparasitar é uma medicação e as medicações devem ser feitas de acordo com as necessidades de cada animal e sempre sob orientação Médica Veterinária”, avisa Octávio Pereira.

Em Portugal, as desparasitações não são obrigatórias por lei, contudo, é obrigatória a desparasitação interna quando os animais têm de se deslocar para certos países e deve ser feita quando os animais são jovens, em qualquer idade antes das vacinações e sempre que a avaliação do risco parasitário feita por um Médico Veterinário o justifique, variando em função do estilo de vida e do local de permanência habitual do animal.

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