A proposta “Pela proteção, identificação e limpeza das Colónias de Gatos no Município de Portimão”, apresentada por Cristina Velha, deputada municipal do Nós, Cidadãos!, foi aprovada por unanimidade na sessão da Assembleia Municipal de Portimão de 8 de fevereiro.
De acordo com a notícia publicada pelo Sul Informação, na sua proposta, a representante daquela força política recomenda ao Executivo Camarário de Portimão “que o Município instale abrigos nas colónias [de gatos de rua] existentes, para garantir o bem estar dos animais que vivem em meio urbano em colónias identificadas, permitindo que estes permaneçam no local onde vivem, mas em condições de segurança e salubridade”.
Estas colónias, acrescenta, poderão ser “identificadas pelos voluntários que delas tratam, junto do Gabinete Veterinário da Câmara”.
A proposta recomenda ainda que o Executivo proceda ao “lançamento de um concurso de ideias junto das Escolas do Município, para apresentação por estas de projetos para “as aldeias dos gatos” (casotas, abrigos, comedouros, etc) a instalar nos espaços onde existam colónias identificadas, assim promovendo esta temática junto dos jovens e envolvendo ativamente a população estudantil neste projeto”.

Abrigo do Projeto “Gato de Rua” da União das Freguesias de Lagoa e Carvoeiro.
Por último, a proposta de Cristina Velha, aprovada por unanimidade pela Assembleia Municipal, recomenda que “o Executivo lance também um concurso, à semelhança do que foi feito com o “apadrinhamento das rotundas”, para que entidades privadas possam apadrinhar cada uma das colónias, seja com materiais, seja com alimentação, constando a identificação e publicidades dessas entidades nas colónias e abrigos respetivos”.
A representante do Nós Cidadãos salienta ainda, no preâmbulo da sua proposta, que no Município de Portimão, existem várias colónias de gatos, que sobrevivem à custa do enorme trabalho e dedicação de inúmeros voluntários anónimos, que diariamente lá se deslocam para cuidar destes animais. Em alguns locais, existem “sítios/abrigos” rudimentares feitos pelos cuidadores para os proteger e onde colocam comida/água.
O que se pretende é que as colónias existentes “sejam um exemplo de como se devem cuidar os animais, e que estes animais que connosco partilham o território sejam vistos, não como uma praga a eliminar, mas como nossos companheiros e vizinhos que devemos cuidar e amar”.
“A integração destas colónias na sociedade, vigiadas pelos serviços municipais veterinários e assistidas por voluntários, permitirão o seu controle, a sua higiene e proteção sanitária, o controle da reprodução indesejada”, defende.
Esta iniciativa está de acordo com o projeto nacional CED – Cuidar, Esterilizar e Devolver – que consiste na captura, esterilização, desparasitação e devolução dos gatos silvestres ao território de origem, onde passam a ter condições para viver em segurança, sob responsabilidade de uma/um ou mais cuidadoras/es. Esta é uma forma de controlar e reduzir as populações de gatos silvestres, em boas condições para os animais e mantendo a higiene no espaço público.